segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Poema: "Então, que venha chuva"

 Sempre seca e vazia, era terra de ninguém
 Sem luzes no olhar, o caminho fica escuro pra enxergar.
 Será que no final, alguma luz poderá brilhar?


 Lugar do silêncio, mente vegetativa
 Onde posso encontrar o barulho?
 E a mente que pensa? 
 E o corpo que reagi?  


 Chega uma hora,
 Em que as nuvens não aguentão mais
 O peso da chuva, 
  Mesmo sendo ela, quieta e pacata,
  A força lhe falta.


 E a chuva se liberta, corre dos braços dos céus
 E do colo fofo de uma nuvem 
 Ao meu encontro. 


 Sou o que ela tanto procurava
 O corpo que reagi , a mente que pensa.


 Seu toque a princípio é suave, 
 Com alguns minutos depois se torna forte
 E finalmente me toma por inteira
 Me fazendo sentir calafrios 
 E meus pés adormecerem.


 escutei seu barulho...
 olhei para os lados... e não vi ninguém...
 olhei para cima, e não era a primeira vez...
 mas desta vez ... ela vinha com toda a pressa 
 e me encarava com uma violência sem fim
 eu simplesmente a encarei de volta, e sorri
 gritei para o céu ouvir:           
 - Então.Que venha chuva!!!
 e as luzes do meu olhar se acenderam, 
 e outra vez a luz pude enxergar...

By: Adassa Jeanneffer.

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